Comentário sobre a situação da educação na periferia
Diante deste momento difícil, os âmbitos essenciais a comunidade estão em paralisação, no qual é incerto a retomada das atividades. O setor educacional, a princípio, cessou o funcionamento das escolas e universidades em que é importante ressaltar atividades somente presenciais.
O resultado dessa estagnação propõe reflexões sobre o papel da educação na vida de jovens e adolescentes, dando perspectivas da atuação das instituições educacionais e os efeitos de tais medidas.
A educação pública, para alguns constituída pela a classe popular visivelmente é irrelevante aos olhos do “Pai Estado” , uma vez que há claramente a precarização material das escolas, a economia de investimentos em educadores aptos para lecionar na sala de aula e a constante marginalização do próprio Estado quando trata-se dessas escolas.
Identificando tal aspecto; de que modo essas espaços escolares lidam com a pandemia Alunxs com rendas mínimas para a sobrevivência, cotidianos com imagens difusas para essas crianças e jovens (violência policial, desemprego) se põem como empecilhos para o desenvolvimento educacional qualificado.
EaD é a solução viável? Os docentes neste momento não aptos psicologicamente, e sobretudo, as crianças para tal tarefa. Inclusive, ninguém está. Sob essa análise podemos identificar um dos elementos de assimetria e desigualdade entre as escolas públicas e particulares, essas geralmente com
condições para videoaulas (deve-se também resistir a respeito desta medida), famílias com rendas adequadas para dar suporte a uma educação de qualidade para o que é aplicado e exigido, em suma, o nível de desigualdade explicitado, entre a indigência e os privilégios, diferenciando e consequentemente favorecendo oportunidades a determinadas classes.
A formação educacional pautada na emancipação humana dos homens e mulheres, igualdade e liberdade entre todos, lema iluminista, de nenhum modo foi concretizado em periferias, aliás, logo depois da ascensão da burguesia, a revolução industrial, é possível declarar a necessidade uma
insurgência popular diante de tal base econômica e social.
Dito acima, as escolas públicas padecem constantemente padecem por variáveis que não cabe explicitar neste texto, mas certamente conceber a ausência de políticas públicas do Estado ou até mesmo uma auto organização da população.
Nitidamente, o retorno das atividades presenciais não serão realizadas rapidamente, de modo natural, visto que a educação é baseada em aglomerações, relações, vínculos. Entretanto, a noção de distanciamento social não implica necessariamente a decomposição da coletividade, ao procedimento de individualização e, portanto, do estancamento de organizações coletivas, formações para debates, da capacidade para estabelecer vínculos e mediações.
Neste momento em que comumente nos incita a uma apatia e desespero, isto causado tanto pelas as mídias, governo, e obviamente pelo o próprio vírus covid-19, devemos em contrapartida disso, nos manifestar como ato individual e de organização coletiva exprimir o sentimento de revolta, canalizar através de textos, produções artísticas, a perspectiva de mal-estar agravada e a urgência de transformar a realidade, as dinâmicas sociais e modo de economia pois nunca esteve nada bem em inúmeros locais.
A educação desobediente (isto não quer dizer a falta de autocuidado) no sentido de uma criação de pensamentos em que tem a culminância a liberdade e igualdade individual-coletiva é uma das vias para utilizar neste momento.
Agora é possível identificar como se aplica o modelo de educação tradicional proposto pelas as escolas, evidenciando as insuficiências e logo, o desvelamento de diferenças de classes. Com pandemia ou não, a educação de qualidade, igualitária e democrática é o direito básico para qualquer
indivíduo, seja criança, jovem ou adulto. No momento, cultivar o sentimento de revolta é fundamental.
Por Nathan Mesquita
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