Frutos de Resistência

Frutos de Resistência

Justiça por Mateus

 




O Mar ainda serenava no litoral de Camocim, quando tivemos a triste notícia do assassinato do jovem Matheus Silva Cruz, de 19 anos. Matheus foi assassinado dentro da delegacia de polícia civil de Camocim enquanto aguardara os procedimentos legais do delegado plantonista naquela madrugada do dia 06/02.

O policial George Tarick de Vasconcelos Ferreira, 33 anos, lotado no Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) de Granja, distante de Camocim cerca de 25 km, estava de folga quando assassinou com requintes de crueldade o jovem Matheus, que sem direito a nenhuma defesa. Algemado e detido no interior da delegacia de polícia civil, foi assassinado com mais de 10 tiros, após um desentendimento com o policial.

O que parecia ser mais uma noite comum na noite praiana de Camocim se prolongou para um acontecimento mais triste e covarde daquela cidade nos últimos tempos, o nível de crueldade que esse crime foi capaz de atingir nos revela a verdadeira face do despreparo institucional das forças de segurança do Estado para combater e intervir em situações de conflitos como essa ocorrida em Camocim.

O tema a ser tratado aqui nesse artigo abre um leque de questionamentos mais que necessários para nossos dias atuais, debater a segurança pública com preparo, tecnologia, garantia de saúde para os profissionais e plano de carreira estável, a fim de corroborar para um processo mais adequado das funções pragmáticas de ação em rede quando tratamos de pensar a segurança pública numa cadeia mais plural e ramificada dentro do poder público.

O entrave, o amargo e o perigo que nos ronda ao tocarmos no assunto de segurança pública e principalmente quando trazemos para o centro da discussão uma reflexão arqueológica das condutas da polícia militar no Brasil, notamos que o solo a ser escavado nos mostra instabilidade e medo.

Se pensarmos num primeiro ponto em relação a instabilidade no assunto da PM, podemos indicar que essa instabilidade se apresenta dentro da instituição no que diz respeito a pesquisa mais aprofundada com relação aos seus regimentos internos, condutas e ações de seus oficiais. Estamos aqui tentando partir da perspectivas de pesquisa social dentro de uma situação delicada da segurança pública do Ceará, partindo exclusivamente de pensar nesse primeiro momento a importância da pesquisa, nesse sentindo, pontuamos as seguintes questões anteriores mencionadas no texto: Instabilidade de se pesquisar sobre o assunto levando em consideração a coleta de dados referentes a instituição militar, assim como o medo que anda lado a lado com o tema a ser pesquisado.

O medo proveniente desse assunto só revela o quanto distante e difícil, é falar sobre segurança pública no Brasil, e mais ainda quando temos como pesquisadores, estudantes e militantes sociais que residem na periferia brasileira. O sentimento de insegurança ele transcende a solução imediatista da PM presente nas ruas, a ronda ostensiva da PM se entrelaça aos sentimentos de medo e segurança, pois pra quem está na periferia as abordagens truculentas da PM nos apavoram e nos trazem o medo constante, diferentemente dos vídeos institucionais da secretaria de segurança pública que coloca os agentes em harmonia conversando com crianças, ajudando uma senhora a atravessar uma rua bastante movimento do centro da cidade. No centro e para o centro a PM parece criar uma outra conduta e abordagem. Já parou pra pensar nisso? 

 

E quando é a polícia que mata, a quem recorrer? 

O desespero das pessoas que estavam na noite e presenciaram todo o desfecho daquela tragédia envolvendo o Matheus e o policial do RAIO simboliza a dor maior nutrida dentro de cada cidadão quando passa por uma situação semelhante e envolve algum tipo de “autoridade”. O sentimento de impunidade diante dos milhares de casos que acabam sendo esquecidos. Sentimento de impotência ao saber que o policial que cometeu tal barbárie poderá voltar a trabalhar como policial, ou mesmo transferido para um outro departamento distante no interior, longe dos holofotes das cidades grandes.

O que não podemos deixar de acreditar em certa medida é na luta, nas microrevoluções que podemos criar para alavancar essa fúria de não podermos aceitar as coisas assim como elas são, e querem que aceitemos. Entender o jogo subjetivo dessas crenças faz todo sentido quando percebemos que o Estado trabalha para ludibriar nossa rebeldia, ou seja, é mais confortável para o Estado dar uma resposta rápida pra sociedade diante um caso pontual como esse de Camocim, do que tratar os reais problemas da segurança pública envolvendo seus verdadeiros entraves.

O assassinato do Matheus só fez sangrar ainda mais uma ferida aberta dentro da nossa sociedade que é o debate e a construção de políticas públicas que tragam para o protagonismo exemplos e modelos de uma segurança pública que dá certo, que esteja preparada para trabalhar numa rede ampla e que não mire no alvo da violência apenas como seu único campo de atuação.

Podemos discorrer por muitas linhas a seguir, ao querermos fechar o conceito de violência em apenas ações dentro da sociedade que distorcem e fogem da “normalidade” dos costumes, ou seja, podemos ainda complementar que violência ultrapassa os atos agressivos que ferem a liberdade do próximo, violência é um conceito muito amplo que não se concentra em apenas esses exemplos anteriores, que são os mais comuns de se pensar dentro da sociedade.

As vulnerabilidades econômicas, políticas, sociais, culturais e educacionais são bases fundamentais para a constituição da violação de direitos básicos da população, desse modo, é importante que acrescentemos aqui um conceito muito importante dentro dessa discussão sobre violência, que é o conceito de violência simbólica[1], apresentado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, nele podemos entender que  os atos de violência concretizados em determinadas situações, podem ter um ligamento direto de toda uma estruturação formativa na construção desse sujeito que comete esses atos.

Dessa maneira, é importante que entendamos a segurança púbica numa perspectiva científica pautada em metodologias capazes de dialogar com cada realidade, não podemos apenas comprar a ideia das soluções imediatistas que o Estado nos impõe com a finalidade única de uma resposta rápida, que sabemos não surtir os efeitos reais que necessitamos a longo prazo.

Diante dos questionamentos feitos ao decorrer do texto podemos novamente invocar a provocação inicial que paira sobre as nossas cabeças: 

E quando é a polícia que mata, a quem recorrer?

Recorrer a própria polícia?

Recorrer ao Ministério Público?

Recorrer a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)?

Recorrer a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema         Penitenciário (CGD)


É preciso agir na complexidade do problema

Os atos de autoritarismo oriundos de policiais militares se tornaram uma constante principalmente com o povo pobre, preto e de periferia, destarte, compreender as cadeias que entrelaçam as soluções para esse problema na segurança pública de nossa Estado tem sido um dos entraves mais complicados para o governador Camilo Santana (PT), que vem tentando superar as lacunas deixadas pelo setor da PM que em fevereiro de 2020 organizaram um motim que teve desdobramentos sanguinários em todo Estado, nós que moramos na periferia da cidade de Sobral/CE, sentimos a escala nos números de assaltos, e homicídios durante todo o ano corrente.

Segundo dados coletados no site do Comitê Cearense Pela Prevenção De Homicídios Na Adolescência[2], entre o dia 1º de janeiro ao dia 31 de dezembro de 2020, foram registrado 4039 vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).

Gráfico e imagem retirada do site Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA)

Gráfico e imagem retirada do site Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) 

Sobre as informações aqui apresentadas relacionadas aos dados sobre homicídios no Estado e no munícipio é importante destacar que: 


Os dados são extraídos dos registros diários de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) fornecidos pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), e por conta disso seguem diretrizes estabelecidas pelo Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) para classificação de casos de homicídio. Os CVLI são divididos em 4 categorias, a saber: (1) Homicídio doloso; (2) Feminicídio; (3) Lesão corporal seguida de morte; e (4) Roubo seguido de morte latrocínio.

Neste painel utilizamos o termo “homicídio” como sinônimo de CVLI, visando garantir maior legibilidade das informações apresentadas. Porém ao analisar os casos em função da classificação, adotaremos o termo CVLI como mais amplo, enquanto “homicídio” se tornam uma subcategoria.

Especificamente em relação à morte por intervenção policial (MIP), os casos não são contabilizadas como CVLI. Este fenômeno é decorrente do excludente de ilicitude, que não considera esse tipo de morte como intencional.

(Texto extraído do site https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzVhMmNmODQtY2I4Yy00ZDgyLTk5NjgtOTc3NDViZGYwMmFkIiwidCI6ImU0Y2JkNjQ0LTI3Y2QtNDQ2My1iNjBlLTNlYmE4MWEyYzYzMSJ9&pageName=ReportSectiond44c194093bab7008e78 . Acesso em 09 de fevereiro de 2022.)

 

Os números exorbitantes de Crimes Violentos Letais Intencionais no Estado do Ceará, nos acende uma luz de alerta quando nos referimentos as políticas de “combate” e “enfrentamento” aos casos de violência no bojo da segurança pública do Estado. A guerra que hoje as ruas cearenses enfrentam é um desdobramento do enfraquecimento de uma política pública que compreenda a segurança pública muito além das medidas opressivas e ostensivas da polícia militar.

Hoje, presenciamos uma migração crescente desde 2016 na alavancada do crime organizado por todo o interior do Estado, essa migração é fundamental para descentralizar o poder organizativo do crime, o que torna ainda mais complexo o “combate” e o “enfrentamento” da política de segurança do Estado para com o crime organizado.

Ainda de acordo com dados colhidos no site do Comitê Cearense Pela Prevenção De Homicídios Na Adolescência, Camocim, cidade localizada no litoral oeste do Ceará registrou no ano de 2021, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, 8 vítimas de Crimes Letais Intencionais (CVLI), sendo 2 adolescentes (10 a 19 anos). Comparado com o mesmo período de 202º, houve aumento de 300% para a população em geral, para adolescentes o número casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) aumentou, saindo de 0 para 2 casos. O Comitê Cearense Pela Prevenção De Homicídios Na Adolescência, destaca que 37,5% dos homicídios ocorridos em 2021 foram causados por arma de fogo.[3] 

Gráfico e imagem retirada do site Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA)

Para este artigo procurei trazer os dados que o Comitê Cearense Pela Prevenção De Homicídios Na Adolescência, disponibiliza em seu site a fim de provocar uma reflexão quando nos é apresentado dados e estatísticas, que ao mesmo tempo nos servem como boas orientações para quantificar nossas pesquisas, mas também nos angustia pelo elevado número de homicídios que hoje presenciamos em nosso cotidiano. “Não seremos mais um número dentro dos gráficos estatístico de homicídios do Estado, seremos nós, jovens, crianças, adultos e idosos que ainda nutrem sonhos e desejos por dias melhores dentro da periferia.” Essas linhas devem ser lidas aos gritos, berrando, incomodando e lançando no ar uma voz rebelde que não aceita o cotidianos violento.

Diante dos problemas aqui apresentado é importante destacar uma outro fator delicado que faz parte do pano de fundo desse artigo que é os atos de abuso de poder oriundos da polícia militar dentro da sociedade. Casos como esse de Camocim, que vitimou o jovem Mateus, de 19 anos, no último dia 06/02, nos escancara o real problema da polícia militar no nosso Estado, que diga-se de passagem são muitos. Podemos pontuar alguns problemas emergentes que os agentes de segurança pública enfrentam em seu cotidiano, não será papel nosso aqui esgotar a complexidade que envolve a instituição militar em seus âmbitos mais internos, assim como, os problemas aqui apresentados não são de maneira alguma uma forma justificável de qualquer ato de violência cometido por algum policial militar.

Tomarei como base problemas enfrentados pela PM que sempre nos chega de imediato e nos faz tomarmos opiniões que dentro do senso comum se tornam como soluções imediatas para os problemas. Podemos destacar 1. Como tem sido a preparação desses futuros policiais quando ainda estão no processo de formação na academia militar. 2. A saúde mental desses profissionais tem sido acompanhada com seriedade por profissionais que não sejam ligados a corporação militar. 3. Quais as condições de trabalho desses policiais? 4. Há algum tipo de estreitamento de diálogo e formação entre a sociedade civil e a instituição de segurança pública do Estado? 5. Como podemos enfrentar esses problemas sem criar concepções fundamentalistas ao enfrentamento real da violência policial em nossas periferias?

Quando colocamos alguns dos problemas emergentes que hoje presenciamos com a atuação da PM seja a nível nacional, estadual ou municipal, o estado de letargia de alguns governantes continuem significativamente para que barbáries como a que aconteceu em Camocim no último dia 06/02 volte a acontecer e os problemas envolvendo a PM se tornem uma constante em nosso cotidiano.

A polícia militar é uma herança do nebuloso período da ditadura militar implantada em nosso pais, que ainda nos assombra, tendo até hoje os seus modus operandi pautados nos subsolos dos porões da ditadura militar que torturava, assassinava e violava direitos com o aval do autoritarismo fundamentado na barbárie. 

E hoje como podemos enfrentar esses desafios dentro de nossa sociedade e pautar nossos direitos a fim de construirmos perspectivas sólidas para uma política pública de segurança que paute esses reais problemas junto a PM e a sociedade civil. Os desafios são grandes e suas soluções não vem prontas como uma receita de bolo, é preciso compreender a amplidão desse campo para não entrarmos nessa saída utilitarista de solucionar um problema pontual e esquecer de produzir ferramentas formativas para essas situações.

Acredito que, provocar esses questionamentos nos servirá de palavras chave para futuros desdobramentos diante as situações que enfrentamos hoje, desse modo, o trabalho ao que me proponho nesse artigo é dar continuidade em outros momentos a esses questionamentos levantados ao longo do texto. Assim, concentrando nossos esforços nesse primeiro momento em tentar demonstrar através dessa reflexão, que casos como o ocorrido em Camocim, 16/02, nos levam a observações amplas sobre a atuação da polícia militar em lidar com situações adversas, como essa, onde o policial militar, George Tarick de Vasconcelos Ferreira, 33 anos, de folga, se envolveu numa confusão com o jovem Matheus, 19 anos, que foi agredido e logo em seguida encaminhado à delegacia de polícia civil, onde, ainda algemado, foi executado pelo policial militar com mais de 10 tiros à queima-roupa, enquanto aguardava os procedimentos legais no interior da delegacia.


        Diante de casos como esse que ocorreu em Camocim, é importante reforçarmos aqui os dados colhidos pelo Comitê Cearense pela Prevenção ao Homicídio na Adolescência, onde aponta que no ano de 2021, entre os dias 1º de janeiro e 31 de dezembro o Estado do Ceará registrou 125 Mortes por Intervenção Policial.[4] Esses números nos dizem muito sobre a alarmante situação que se encontra a atuação da polícia hoje em nosso cotidiano. Nesse mesmo gráfico disponível no site do Comitê Cearense pela Prevenção ao Homicídio na Adolescência, podemos observar que nos anos anteriores os números de mortes por intervenção policial são assustadores, podemos citar aqui o ano de 2018 onde registrou um total de 221 mortes, 2019 com 136 mortes e 2020 com um total de 145 mortes por intervenção policial.

Gráfico e imagem retirada do site Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA)

Suspiros por justiça e paz 

E nós que temos FOME por paz, justiça e uma vida digna de se vivida e experienciada sem medo de acabar sendo interrompida, nos lançamos no desafio de conquistar na luta um mundo melhor. Queremos pensar, planejar e construir ferramentas sociais que sejam capaz de suprir essa demanda gritante das ruas, que gritam por um mundo menos desigual.

Partimos dos sonhos, das causas “impossíveis”, para alertar que nossos sonhos estão cada vez mais vivos e cheios de realizações. É esse nosso modus operandi, sonhar, desejar a utopia em sua totalidade, seremos assim, sonhadoras e sonhadores que dormem com o desejo e acordam com a realização da oportunidade concedida para concretizar o “impossível”.

Nossas microrevoluções se estendem num campo efervescente, onde é disputado palmo a palmo do terreno conquistado, cada centímetro é comemorado quando conquistamos os espaços de fala e de ação. Poder chegar e multiplicar nossas falas é parte fundamental do nosso caminhar revolucionário através não só do discurso, mas também da parte prática da luta.

Apresentamos nesse texto algumas reflexões importantes e necessárias para pensarmos qual modelo de segurança pública queremos para nosso cotidiano, partindo de uma situação trágica, que foi o assassinato do jovem Mateus, 19 anos, de Camocim, tomamos algumas provocações a fim de demonstrar que o debate sobre segurança pública deve ser compreendido e discutido dentro de um plano abrangente das políticas públicas.

Os questionamentos nos nortearam a fim de entendermos que a complexidade do tema “Segurança pública” nos leva a caminhos sempre divergentes no que se refere a “opinião” do senso comum, e para isso, é notório saber que a discussão de uma assunto tão importante como foi trabalhado aqui não deve de maneira alguma cometer erros graves e cruciais que se fundamentam dentro das “opiniões pessoais” e dos “achismos” que só acabam enfraquecendo o debate dentro do que buscamos construir cientificamente na segurança pública.

Esse texto foi totalmente criado como uma forma de expressar todo sentimento de solidariedade ao Mateus e seus familiares. Deixamos aqui uma escrita combativa que exige justiça perante os casos de opressão e violação de direitos cometidos pelo braço armado do Estado.  

 



[1] Para saber mais sobre o conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu, compartilho aqui um texto que sintetiza os conceitos fundamentos do autor: https://www.scielo.br/j/es/a/kDqCgM8Svv4XpskKMV5DZPN/?format=pdf&lang=pt . Acessos em 09 de Fevereiro de 2022.

[2] Instituído em 2016 na Assembleia Legislativa do Ceará, o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) liderou uma pesquisa de campo – em parceria com Governo do Estado, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e instituições do poder público e da sociedade civil – que mapeou as famílias que tiveram adolescentes assassinados em 2015 em sete cidades cearenses: Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Maracanaú, Caucaia, Horizonte e Eusébio. Para maiores informações acessar o site consultado: https://cadavidaimporta.com.br/sobre/ . Acesso em 09 de fevereiro de 2022.

[3] Fonte consultada: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzVhMmNmODQtY2I4Yy00ZDgyLTk5NjgtOTc3NDViZGYwMmFkIiwidCI6ImU0Y2JkNjQ0LTI3Y2QtNDQ2My1iNjBlLTNlYmE4MWEyYzYzMSJ9&pageName=ReportSectiond44c194093bab7008e78 . Acesso em 09 de fevereiro de 2022.

[4] “Mortes por intervenção policial” (MIP), é um termo criado para substituir a antiga denominação “ocorrência de resistência seguida de morte ou auto de resistência”. O novo termo se refere as ocorrência nas quais o policial, ao atuar para cessar injusta agressão, leva o infrator a óbito. OS casos de MIP não são contabilizados como os CVLIs. Esse fenômeno é decorrente do excludente de ilicitude, que não considera esse tipo de morte como intencional. Os dados extraídos do site as Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) não contém informações sobre as vítimas, o que impossibilita a realização de filtragens por sexo, local e faixa etária. Texto retirado do site: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzVhMmNmODQtY2I4Yy00ZDgyLTk5NjgtOTc3NDViZGYwMmFkIiwidCI6ImU0Y2JkNjQ0LTI3Y2QtNDQ2My1iNjBlLTNlYmE4MWEyYzYzMSJ9&pageName=ReportSectiond44c194093bab7008e78. Acesso em 14 de fevereiro de 2022.  


Sites consultados: 

https://cadavidaimporta.com.br/ 

http://observatorioseguranca.com.br/

https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/


Por Renan Dias


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